No primeiro dia do ano, os habitantes da aldeia de Cagido foram presenteados com um miniconcerto protagonizado pelo oboísta Luis Miguel Figueiredo filho da terra, e flautista Ricardo Carvalho de Aveiro, que decorreu no interior da Capela de Santo Ovídio.
Antes do espetáculo Luis Figueiredo, Vice-Presidente da União Cultural e Desportiva de Cagido, agradeceu a presença de todos naquela que seria a primeira atividade do ano da UCDC, destacando a importância de começar com música, porque esta é a forma mais bonita de expressar os sentimentos de um povo.
Sendo este miniconcerto intitulado Sanctus Auditus, fez questão de contar um pouco sobre a Lenda de Santo Ovídio, padroeiro da Capela de Cagido.
Segundo as poucas fontes literárias, o homem que ficaria conhecido como Santo Ovídio nasceu na Sicília (Itália) com o nome latino de Auditus, ainda no primeiro século da nossa era. Por ordem do Papa Clemente I foi enviado para Portugal, mais precisamente para Braga para pregar a mensagem de Jesus Cristo. Foi aí que se tornou o terceiro bispo da cidade, acabando por se tornar mártir de uma forma incerta. Mas se o seu nome original era “Audito”, então de onde vem o seu nome de Ovídio? Pode ser explicado se tivermos em conta que a palavra Auditus em latim significa, nada mais nada menos, que “ouvido” em português. Assim, ao longo dos séculos o seu nome entre o povo passou de Auditus a “Ouvido”, e posteriormente a Santo Ovídio. O agora famoso Santo Ovídio de Braga, padroeiro, foi sendo associado às doenças dos ouvidos, bem como da respetiva cura.
Após esta introdução teve início o concerto que incluiu duos de Mozart e excertos da célebre ópera, flauta mágica.
Apesar da chuva intensa que se fazia sentir, a população compareceu e deu por bem empregue o tempo ali passado tendo manifestado agrado e vontade de repetir o agradável evento.
Camila Figueiredo - Departamento de Comunicação da UCDC
26 dezembro 2022